MEUS COMPROMISSOS

Ray coloca a causa africana e diaspórica no centro de suas preocupações através de três eixos principais.

Primeiramente, no Brasil, uma de suas lutas prioritárias consiste em desconstruir os estereótipos sobre a África, frequentemente reduzida pela mídia ocidental à tríade da pobreza, guerras e fomes. Diante desta “ofensiva midiática” que alimenta os complexos de inferioridade de certos jovens africanos, Ray se empenha em apresentar uma imagem alternativa e mais matizada do continente, notadamente durante as palestras onde é convidado a intervir. Isso não significa negar os desafios africanos, mas sim contextualizar essas dificuldades dentro de um olhar mais ampla e equilibrada que também reconheça as riquezas, conquistas e potencialidades do continente africano, rompendo assim com visões estereotipadas.

Em segundo lugar, ele milita também por uma África verdadeiramente soberana. Ele acredita na soberania econômica africana através da criação de uma moeda única como ferramenta fundamental de emancipação política, social e econômica.

Para ele, a criação de uma moeda única africana constitui uma condição necessária — embora não suficiente — para a construção de uma verdadeira independência continental. Sem autonomia monetária, a África permanecerá aprisionada na lógica de dominação imposta pelo sistema financeiro internacional, perpetuando sua dependência estrutural.

Por fim, desde que começou a se interessar pela política, a justiça social se destacou como sua principal motivação, sendo na verdade o motivo fundamental que o levou a sonhar com uma carreira política. Nada melhor que as palavras de Maria da Conceição Tavares para ilustrar essa convicção: “Ser economista trata de problemas sociais e políticos, a economia é um instrumento para melhorar socialmente e politicamente uma nação, para integrá-la… Uma economia que não se preocupa com a justiça social é uma economia que condena os povos a isso que está acontecendo no mundo: uma brutal concentração de renda e de riqueza, o desemprego e a miséria... se não se preocupa com a justiça social, com quem paga conta, você não é um economista sério. Você é um tecnocrata.”

MINHA TRAJETÓRIA
MINHAS PALESTRAS